sábado, 10 de setembro de 2011

Políticas Públicas | Pessoa com deficiência

Nosso Brasil está avançando muito em políticas públicas. As denominações "pessoas portadoras de deficiências físicas" e "pessoas deficientes" já não existem mais! Pela denominação correta - LOAS - hoje em dia o termo utilizado é "pessoa com deficiência". Esta denominação deve ser utilizada não pela preocupação em ser politicamente correto, mas porque, desta forma, a questão substantiva ("pessoa") possui mais importância do que o aspecto adjetivo ("com deficiência"). A deficiência é apenas uma dentre várias características pertencentes a estas pessoas. Contudo, quando se referir a uma pessoa com deficiência o ideal é simplesmente chamá-la por seu nome. Assim não há como errar!

Mas ainda precisamos refletir sobre "pessoas portadoras de atitudes imorais e deficientes".

Essas pessoas são facilmente identificadas nas saidas de grandes estabelecimentos, logo após usufruir de filas preferenciais simulando deficiência física com a naturalidade exclusiva de pessoa dissimulada e oportunista.

Precisamos adequar nossas políticas públicas para eliminar essas oportunidades.

Será que a pessoa além de ter deficiência terá que provar?


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Educadores têm novos desafios na alfabetização

Para cumprir as novas metas da Educação estabelecidas em 2010, governo estadual investe na formação de professores alfabetizadores.

Até 8 anos de idade, todas as crianças devem ser alfabetizadas no Brasil. A meta foi estabelecida em dezembro de 2010 no novo projeto de lei do Plano Nacional de Educação (PNE), que traça as diretrizes e metas para a educação no País. A medida é uma difícil lição de casa para os educadores. Os resultados da primeira edição da Prova ABC, avaliação do final do ciclo de alfabetização, indicam que apenas pouco mais da metade (56,1%) das crianças que terminaram o terceiro ano do ensino fundamental nas redes públicas e privadas aprenderam o que era esperado em leitura. Os dados foram divulgados no fim do mês de agosto e, hoje, em que se celebra o Dia Mundial da Alfabetização, são um parâmetro do tamanho do desafio para os professores.

Diante da nova meta e das dificuldades que se arrastam há anos na alfabetização dos alunos, em especial no sistema público de ensino, a Secretaria de Estado da Educação, em nota enviada à Redação pela Assessoria de Imprensa, informou que desenvolve um programa de formação de professores alfabetizadores. Chamado de Ler e Escrever, ele abrange a capacitação de todos os professores do Ciclo I: "É um conjunto de ações articuladas que inclui formação, acompanhamento, elaboração e distribuição de materiais pedagógicos e outros subsídios, constituindo-se como uma Política Pública para o Ciclo I, que busca promover a melhoria do ensino em toda a rede estadual", explica a nota.

Apesar dos esforços por parte do governo, há muitos outros empecilhos em sala de aula que comprometem o aprendizado da leitura. A dirigente regional de Ensino de Suzano e Ferraz, Maria da Penha Gelk, observa que a grande dificuldade é a falta de interesse dos alunos de famílias mais pobres: "As crianças de origem menos favorecida não se familiarizam com a escrita desde cedo e, muitas das vezes, seus pais não concluíram os estudos ou talvez nem tenham sido alfabetizados. Sem um exemplo para seguir, estes alunos não se sentem motivados a frequentar as aulas, prejudicando o aprendizado", descreve.

No Alto Tietê, desde as eleições municipais em 2008, o índice de analfabetismo do eleitorado cresceu 9,3%. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, em 2008 havia 31.745 eleitores analfabetos. Dois anos depois, em 2010, houve um aumento de 2.967 eleitores que não concluíram os estudos no nível básico. O valor representa 3,6% do eleitorado na região que soma 988.275 pessoas.